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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Metodologias e Cronologia do Ensino de Ciências


METODOLOGIAS mais comuns dos últimos 50 anos no Ensino de Ciências, que adotou estratégias diferentes:

TRADICIONAL - Também chamada de conteudista ou convencional. Predominou desde o século 19 até 1950 e, embora não seja considerada a mais adequada para as práticas atuais, ainda é adotada. Foco: Tomar contato com os conhecimentos existentes sobre determinado tema. Estratégia de ensino: Aulas expositivas, sendo o professor e o livro didático as únicas fontes de informação. Incentivo à memorização de definições. A experimentação em laboratório serve para comprovar a teoria. 

TECNICISTA - Surgiu na década de 1950 para se contrapor à concepção tradicional. Foco: Reproduzir o método científico. Estratégia de ensino: Aulas experimentais, em laboratório, com ênfase na reprodução dos passos feitos pelos cientistas. 

INVESTIGATIVA - Criada por volta de 1970, mesclou algumas características das concepções anteriores e colocou o aluno no centro do aprendizado. Foco: Resolução de problemas que exigem levantamento de hipóteses, observação, investigação, pesquisa em diversas fontes e registros ao longo de todo o processo de aprendizagem. Estratégia de ensino: Apresentação de situação-problema para que o aluno mobilize seus conhecimentos e vá em busca de novos para resolvê-la. Disponibilização de várias fontes de pesquisa.








LINHA DO TEMPO do Ensino de Ciências no Brasil:

1879 - É fundada a Sociedade Positivista do Rio de Janeiro. Professores seguem o pressuposto de que o aluno descobre as relações entre os fenômenos naturais com observação e raciocínio. 

1930 - A Escola Nova propõe que o ensino tenha por base a Sociologia, Psicologia e Pedagogia modernas. A influência desses pensamentos não modifica a maneira tradicional de ensinar. 

1950 - Os livros didáticos são versões desatualizadas de produções europeias, e quem leciona a disciplina são profissionais liberais. Vigora a metodologia tradicional, baseada em exposições orais. 

1955 - Cientistas norte-americanos e ingleses fazem reformas curriculares do Ensino Básico, incorporam o conhecimento técnico-científico ao currículo. Algumas escolas brasileiras começam a seguir a tendência. 

1960 - A metodologia tecnicista chega ao país, defendendo a reprodução de sequências padronizadas e de experimentos, que devem ser realizados tal como os cientistas os fizeram. 

1961 - Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), passou a ser obrigatório o ensino de Ciências para todas as séries do Ginásio (hoje do 6º ao 9º ano). 

1970 - A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência critica a formação do professor em áreas específicas, como Biologia, Física e Química, e pede a criação da figura do professor de Ciências. Sem sucesso. 

1971 - A LDB torna obrigatório o ensino de Ciências para todas as séries do 1º Grau (Ensino Fundamental). O Ministério da Educação (MEC) elabora um currículo único e estimula a abertura de cursos de formação. 

1972 - O MEC cria o Projeto de Melhoria do Ensino de Ciências para desenvolver materiais didáticos e aprimorar a capacitação de professores do 2º grau (hoje Ensino Médio). 

1980 - As Ciências são vistas como uma construção humana e não como uma verdade natural. São incluídos nas aulas temas como tecnologia, meio ambiente e saúde. 

1982 - Surge o modelo de mudança conceitual, que teve vida curta. Ele se baseia no princípio de que basta ensinar de maneira lógica e com demonstrações para que o aprendiz modifique ideias anteriores sobre os conteúdos. 

2001 - Convênio entre as Academias de Ciências do Brasil e da França implementa o programa ABC na Educação Científica - Mão na Massa para formar professores na metodologia investigativa. 

Fonte: Parâmetros curriculares nacionais / Inovação educacional no Brasil: problemas e perspectivas, Walter Garcia (Coord.) / História da Educação e da Pedagogia, Maria Lúcia de Arruda Aranha / Formação continuada de professores de ciências no âmbito ibero-americano, L.C. Menezes (Org.) / O Livro Didático de Ciências no Brasil, Hilário Fracalanza (Org.).

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